segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Banco de sacas

Daqueles, "hoje afrouxam-se muito, tiram mão". Era meio assim que aos barrancos, ía encostando de quina em quina, atrás de bar pra repartir com o santo da vez. Repartiu a maldade da quentura, golada seca e forma líquida, sei bem que antítese não é bem-vinda, mas essa me é explicativa. Dava socos no ar, meio raivoso, mas escondia uma foto da família passada, que tinham por lá sua mulher e os dispensáveis filhos. Tinha amor verdadeiro pela moça, enxia os olhos ver a figura sorridente da foto. Derramou algumas lágrimas, outras caíram no copo meio vazio, foi descendo a rua, passou a mendiga bonita, pelo menos depois do bar.
Foi pra casa com a suja e falou pra esposa que queria as duas, ela aceitou e virou pro lado. Rendeu o cheiro da suja, que logo foi sacar-se de todos os bens, un relógio manual e uma Tv onde os filhos se entretinham. A suja foi embora, levou algumas crianças que não deram por falta, e estão alimentando direitinho mais três, porque a cirrose do papai o está matando.

Rasgação de sedas

Rasgação de sedas