segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Banco de sacas

Daqueles, "hoje afrouxam-se muito, tiram mão". Era meio assim que aos barrancos, ía encostando de quina em quina, atrás de bar pra repartir com o santo da vez. Repartiu a maldade da quentura, golada seca e forma líquida, sei bem que antítese não é bem-vinda, mas essa me é explicativa. Dava socos no ar, meio raivoso, mas escondia uma foto da família passada, que tinham por lá sua mulher e os dispensáveis filhos. Tinha amor verdadeiro pela moça, enxia os olhos ver a figura sorridente da foto. Derramou algumas lágrimas, outras caíram no copo meio vazio, foi descendo a rua, passou a mendiga bonita, pelo menos depois do bar.
Foi pra casa com a suja e falou pra esposa que queria as duas, ela aceitou e virou pro lado. Rendeu o cheiro da suja, que logo foi sacar-se de todos os bens, un relógio manual e uma Tv onde os filhos se entretinham. A suja foi embora, levou algumas crianças que não deram por falta, e estão alimentando direitinho mais três, porque a cirrose do papai o está matando.

4 comentários:

André Cavalheiro disse...

ela aceitou e virou pro lado? e você caiu da cama?

Marcela Leitche disse...

ela aceitou! nao acredito!

Marta Pinheiro disse...

'did it in my way'? hum... fala mais! hahaha! tô precisando de sugestões de bilhete pra seguir com o plano! hahahaha!

ps: eu não sou completamente louca, esse comentário é referente ao seu no peruano e todos os latinoamericanos!

Felipe Attie disse...

Sei como é isso...

Rasgação de sedas

Rasgação de sedas