Estava deitado a espera daquela que o vinha visitar sempre, chorar em seu seio, a lágrima que teimava em ser sólita. Os dias já não mais corridos, pausados e refletidos, na agonia do desejo médico, com saias as enfermeiras o tiravam da castidade paralítica. Rodrigo saia de tempo em tempo, com o caminhar inexistente pelos corredores funestos do Hospital, trazia vez por outra uma lembrança. Na espera da garota que trazia sempre consigo belos olhos caridosos. Cobradores.
Dias correram, uma menina de curioso buscar, entrou em seu quarto e sentada no quanto olhou Rodrigo ter enlevos, que consentira em busca de atenção, a menina ateu-se, em passos curtos e descobertos chegou defronte a Rodrigo. Chegou perto de seu ouvido e falou baixinho as palavras de alento que o homem tivera de ouvir, depois, devagar, beijou-lhe a boca com a lascívia infantil que trazera. O homem sussurrou fraco e potente: "Se for pra ter amor, que eu morra antes", seu corpo o ouviu.
Morreu na frente da menina que sorriu na morte. "Se for pra fazer amar, que eu mate antes".
"Reflitamos"
sexta-feira, 18 de abril de 2008
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Rasgação de sedas

6 comentários:
Nossa...
Se Allan Poe fosse lançar sua mais famosa e grandiosa coleção amanhã seria "Histórias Inimagináveis... Exceto na imaginação de Sáraqui"
Apesar do elogio muuito mal formulado xD Gostei demais desse texto!
Valeu a pena a espera.
Gostei do blog
é a primeira vez q entro + com ctza ñ será a última!
Parabéns!
Fala, Caio!
Bom texto, meu querido, bom texto! Se minha interpretação não falha, acho que foi uma ótima releitura do bordão morrer de amor e matar por amor.
Agora, conta aí. O que ela sussurrou pro caboclo? Teria sido, "Vou ali pro banheiro e te aguardo. Estou nua por baixo do jaleco...".
Certeza que foi isso. Morreu infeliz. Hehehehe.
Abraços!
Retificação: nua por debaixo do jaleco, não. Ela não é a enfermeira do início do texto. Ela disse, "Quero você, te espero no banheiro...". :)
Ela sussurrou algumas palavras orgasmáticas...Mas nem eu sei dizer o que foi....
Agora que se fosse eu, levantava e dava um trato nela, ah, isso eu fazia...hahahahahaha
Abraço.
Obrigado pela visita!
O poeta da turma.
Gostei do texto.
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