Comentários ríspidos e mentirosos, nunca teve amigos, de fato, teve muitas meninas, mas não cheguemos nesse mérito - porque este é de outrem.
Lá foi o menino destilado de palavras feias gritar na rua com os pobres meninos pobres. Pensava em: nada igual. Queria mais do que todos, menos que todos, e justiça, quando lhe fosse conveniente; na rua da avó morta, corria impetuoso, com os cabelos ao vento imaginava-se vilão. Com a donzela usurpada, de cócoras ao céu, resplandecente visão infantil. Inocência que assusta. A criança vivia ao prantos, para que lhe fizessem jus a tal brincadeira; o momento passou, somente, flutuou.
Tornou-se, viu no fim da rua o amigo, de seu lado a doce menina. Julinho possesso, vontade Possuir. Passou...Passou, comeu...Passou.
Na frente da casa de D. Melinda, que tinha um olho faltando e no lugar usava o do marido; Júlio, agora mais velho, veio pra brincar de médico; e de consultório, D Melinda não deixava seu quintal usar. Convenhamos que nosso leitor sabe que de nada adiantou. O rapazote chegou por de trás, duas aliás.
Na musiquinha que eu tanto tento cantar à vocês; fica o ensejo, mas não meu sucesso.
Passou-se mais, outros se foram, esses chegaram...
Julinho sentado na bera da calçada, roendo os dedos e mastigando os seus pensamentos.
Ele sempre quis ser assim, mas era gostoso. Então já viu.
segunda-feira, 14 de julho de 2008
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Rasgação de sedas

3 comentários:
Destaque para: "Passou...Passou, comeu...Passou."
"Bichona dos textos" - Seu apelido na rede xP
já viu. É justamente isso que não deixa a gente largar daquilo que às vezes até queremos largar.
gostou do "Caíto" mesmo? Posso bater o martelo então? ;)
E libertinagem só faz mal quando a gente não pode se divertir com ela, rs...
Beijo!
Cronica pai, mãe, filha, eu também sou da família, também quero fornicar. Digo, cronicar.
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