segunda-feira, 14 de julho de 2008

Tentei cronicar

Comentários ríspidos e mentirosos, nunca teve amigos, de fato, teve muitas meninas, mas não cheguemos nesse mérito - porque este é de outrem.
Lá foi o menino destilado de palavras feias gritar na rua com os pobres meninos pobres. Pensava em: nada igual. Queria mais do que todos, menos que todos, e justiça, quando lhe fosse conveniente; na rua da avó morta, corria impetuoso, com os cabelos ao vento imaginava-se vilão. Com a donzela usurpada, de cócoras ao céu, resplandecente visão infantil. Inocência que assusta. A criança vivia ao prantos, para que lhe fizessem jus a tal brincadeira; o momento passou, somente, flutuou.
Tornou-se, viu no fim da rua o amigo, de seu lado a doce menina. Julinho possesso, vontade Possuir. Passou...Passou, comeu...Passou.
Na frente da casa de D. Melinda, que tinha um olho faltando e no lugar usava o do marido; Júlio, agora mais velho, veio pra brincar de médico; e de consultório, D Melinda não deixava seu quintal usar. Convenhamos que nosso leitor sabe que de nada adiantou. O rapazote chegou por de trás, duas aliás.
Na musiquinha que eu tanto tento cantar à vocês; fica o ensejo, mas não meu sucesso.
Passou-se mais, outros se foram, esses chegaram...
Julinho sentado na bera da calçada, roendo os dedos e mastigando os seus pensamentos.

Ele sempre quis ser assim, mas era gostoso. Então já viu.

3 comentários:

André Cavalheiro disse...

Destaque para: "Passou...Passou, comeu...Passou."

"Bichona dos textos" - Seu apelido na rede xP

Flávia disse...

já viu. É justamente isso que não deixa a gente largar daquilo que às vezes até queremos largar.

gostou do "Caíto" mesmo? Posso bater o martelo então? ;)

E libertinagem só faz mal quando a gente não pode se divertir com ela, rs...

Beijo!

Andrei R. disse...

Cronica pai, mãe, filha, eu também sou da família, também quero fornicar. Digo, cronicar.

Rasgação de sedas

Rasgação de sedas