Escritor, ou melhor um carinha qualquer que acha que ordenar palavras é escrever. As palavras não-usuais não o deixavam, expressar-se de outro jeito não agradava a mamãe. Ela gosta de gente que fala difícil. Então não teve escolha. No dia do seu aniversário, o homem faria 38 anos, encontrou o fim. Não sabia se estava certo, depois de morto. Mamãe o encontrou estirado no chão, soltando bolhas pela boca, que evidenciavam o envenenamento.
Um bilhete como adorno foi lido em voz alto no seu velório:
"Estou depredado pela'quela que custa em fechar meus olhos, teimando não me matar...Só deixando-me degustar pedaços do paraíso que irei deleitar quando a definitiva me levar sorrateiramente ou não."
Todos choraram - sem mesmo nem entender aquelas palavras. - menos um, que se indignou com a reação de todos e soltou:
"Como podem chorar ...? Só queria dormir...Dosagem errada de sonífero!"
Choraram mais ainda..."Pobre homem. Morreu infeliz e com sono."
"Reflitamos"
sábado, 26 de janeiro de 2008
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Rasgação de sedas

4 comentários:
Prefiro não comentar rs
Sacanagem com o garoto!
Era só dar um copo de leite quente. Dorme num estalo.
tsc
Um copinho de leite quente,com um beijinho na testa da mamãe resolvia todo o problema.
(Bem escrito,Caiota ta ta)
Eu quis dizer que o texto era sofísticado, mas que como você mesmo tinha dito, não tinha nada para dizer naquele texto. Tinha belas palavras, e pronto.
Mas é legal saber ordenar palavras mesmo sem um contexto, já pensou que a falta de enredo pode abrir as portas para um tipo de escrita experimental ?
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