"Como pude?", eu sem todo aquele amor que dei, me senti sugado por uma coisa que vai além de minhas senhorias, até daquilo que não sou dono me é arrancado. Sê-lo é difícil, em notório. Por demais, retiraram-me os defeitos, triviais e ségridos. Depois de poucas horas me lamentando do furto, olhei bem nos olhos vazios - porém agora fartos - do assaltante que retrucou de forma imensurável, um regozijo pelos fatos da madrugada afanada.
Em meio a tudo, seu último ato angustiado, foi encarar-me com pena, satisfeito e embabecido pelo meu amor, tão somente, escondido. O navegante dos meus mares pensativos, agora não mais tinha o leme em seu poder, o medo se instalou no meu coração pela ausência. Então retorci-me diante aquilo e gritei um ruído quase silenciado pelo horror.
Por fim deixou-me indefeso no canto do hospício metafórico, que se chamou; antes de ir, me disse uma frase afável e egoísta, que por mal, endoideci de paixão. "Porque de pouco me fez, e de pouco serei, só por te fartar o bom.", disse minha última.
Foi-se, então, perdeu-se em meio toda aquela claridade e retrospecta, vagarosamente, caminhando com as pernas, não com a pressa.
"Reflitamos"
sábado, 23 de fevereiro de 2008
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Rasgação de sedas

4 comentários:
"retiraram-me os defeitos, triviais e ségridos"
Eu li seu texto, me baseando nessa parte rsrs Porque eu estou com dificuldades de entender a mensagem, se não for a que eu entendi.
Se for a que eu entendi: belo texto, demonstrando a dificuldade de se chegar - ou pensar que chegou - o mais perto possível do "perfeito".
Sim, alguém colocou cocaína na minha mamadeira hoje.
Agradeço a atenção dispensada ao eu blog, e peço desculpa pela demora em retribuir a visita e os elogios. Acontece que sou mais enrolado quando estou de férias...
Texto muito bom. Análise psicológica metafórica... gostei.
mtu bom,
linguagem cada vai vez mais recheada de termos camuflando e criando mais expectativa pelo resultado.
Minininhu de liguagem perfeita... belo texto... e triste tb... bjos
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